AULA PRÁTICA: PESQUISA DE BACTÉRIAS NO AR (MICROBIOTA AERÓGENA)

  UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE ENFERMAGEM

Disciplina: MICROBIOLOGIA Prof. Dr. Luis Carlos F. Carvalho

PRÁTICA: SIMULAÇÃO DA DISSEMINAÇÃO DE AGENTES INFECCIOSOS

TRANSMITIDOS POR CONTATO DIRETO


Objetivo:

Geral: Avaliar a dinâmica da disseminação de agentes infecciosos transmitidos por contato direto.

Específicos:

• Fazer uma simulação da disseminação de agentes infecciosos

• Propor um modelo matemático para estudar a dinâmica da disseminação de agentes

infecciosos em uma população vulnerável

• Identificar a possível fonte de infecção

• Determinar a incidência (casos novos) do portador do agente infecciso

• Determinar a prevalência (casos existentes) do portador do agente infecciso


METODOLOGIA

Material: 19 tubos contendo 2ml de água destilada, 1 tubo contendo 2ml de KOH 40%; 20 swab

ou cotonetes e 1 frasco com solução indicadora de fenolftaleína ou outro indicador de pH

Procedimentos:

• Distribuir os 19 tubos de H20 destilada, o tubo com KOH e os swab para os 20 alunos

voluntários. Cada aluno deverá escolher um colega para ser o seu parceiro. No total serão 10

pares de alunos;

• Os alunos escolherão outro parceiro, formando uma nova dupla e um dos colegas irá repetir o

procedimento anterior;

• As trocas de fluidos serão realizadas por 3 ou 4 rodadas. É importante que os alunos anotem a

ordem de escolha dos parceiros. No final da última rodada, o Professor irá chamar o aluno que

recebeu o tubo com KOH e o submeterá ao “teste diagnóstico”, gotejando 2-3 gotas de uma

solução de fenolftaleína no seu tubo, questionando-o sobre o seu primeiro parceiro. Este

também submetido ao “teste diagnóstico”;

• O primeiro aluno e o respectivo parceiro serão questionados sobre os parceiros da 2a

rodada,

os quais serão testados com fenolftaleína. A partir daí todos os “portadores” serão questionados

sobre os parceiros da 3a


rodada e assim sucessivamente (se houver mais rodadas);


• O Professor deverá traçar no quadro uma cadeia de transmissão do agente e estimular

discussões sobre a transmissão de agentes infecciosos que envolvam troca de fluidos

biológicos.


COMENTÁRIOS

As doenças podem ser classificadas de acordo com a disseminação, seja bacteriana, viral,

fúngica, ou causadas por demais agentes que se instalam e ocasionam distúrbios na homeostase

(equilíbrio orgânico) de um hospedeiro. Entre os critérios de classificação, são considerados

fatores como: a incidência relativa ao tempo de desenvolvimento, desde a incubação do agente

(contaminação), apresentação de sintomas e cura (caso exista) ou falecimento; e o número de

acometimentos de uma determinada patologia por zoneamento (se restrito ou abrangente

conforme a territorialidade).


Dessa forma, as disseminações infectopatológicas podem ser diferenciadas da seguinte forma:

Epidemia → doença que de forma repentina acomete um grande número de indivíduos de uma

limitada região. Pode caracterizar um quadro periódico de surto epidêmico quando, de um

determinado agente etiológico, surge de tempo em tempo uma nova forma infectante (uma estirpe

/ linhagem proveniente de processos mutagênicos, comum em organismos cujo ácido nucléico é

o RNA).

Exemplo: o vírus que provoca a gripe (doença transitória).

Endemia → representa situações de enfermidade persistentes em uma específica região,

atingindo considerável, constante ou crescente número de indivíduos.

Exemplo: o vírus da dengue (doença que está associada à sazonalidade climática, de maior

incidência durante os períodos de chuva, relativamente acompanhando as distinções de regime

pluviométrico entre as regiões territoriais).

Pandemia → disseminação sem limites territoriais, acometendo em um mesmo período um

número alarmante de indivíduos em todo o território mundial.

Exemplo: a cólera, doença bacteriana que atingiu o contingente populacional de vários países.

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